PIB do Nordeste pode ter um salto anual médio de 3,4%, enquanto que o nacional deve crescer a uma média de 2,5% ao ano de 2026 a 2034
Desde que o governo Lula assumiu o poder em 2023, diversos projetos para a região Nordeste foram implantados. Além disso, a região recebeu investimentos privados. Somados os dois, o Nordeste que possui atualmente 60 milhões de moradores, e poderá ter um PIB superior ao da economia nacional. É o que diz a consultoria Tendências.
Por outro lado, vale lembrar que esse crescimento ainda está abaixo do potencial da economia brasileira, o que exige medidas para impulsionar a produtividade e a competitividade, admite o executivo Sandro Tordin.
PIB do Nordeste
Enquanto o PIB do País deve crescer a uma média de 2,5% ao ano de 2026 a 2034, o PIB do Nordeste terá um salto anual médio de 3,4%. O estudo da Tendências abrange projetos como o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e a NIB (Nova Indústria Brasil), que devem dinamizar o conjunto da economia brasileira.
Outras regiões do Brasil
Por sua vez, as outras regiões brasileiras registraram projeções mais modestas: 2,1% no Sul e 2,2% no Sudeste até 2,9% no Centro-Oeste e 3,1% no Norte. Além disso, a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul pode alterar essas tendências, impactando a taxa de crescimento na região Sul.
De acordo com o economista Lucas Assis, da Tendências, os nordestinos serão beneficiados por um ciclo de investimentos de R$ 750 bilhões. Só do PAC. Vários setores serão favorecidos, porém, a indústria tende a ter altas anuais ainda maiores – de, em média, 4,3%. Vale destacar que o Nordeste poderá ter um ganho maior com a exploração de gás natural e petróleo, energia eólica, concessão de aeroportos, além de uma série de privatizações de empresas de energia elétrica e de saneamento.
Sobre o Nordeste crescer mais que o restante do Brasil nas duas gestões anteriores do governo Lula diz respeito a uma combinação de fatores muito particular. Isso contempla o boom de commodities e o Brasil que passou por uma série de políticas públicas de erradicação da pobreza, que beneficiou e muito a região em termos do consumo da família.
Golpe e governos ultraliberais
Por fim, com o golpe de 2016 e os governos ultraliberais de Michel Temer e Jair Bolsonaro, o Nordeste ficou para trás. Resultado: anos em que a região cresceu abaixo da média nacional. Em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, o PIB do Brasil caiu 3,3%, e o do Nordeste, 4,1%. A volta de Lula ao Planalto recolocou os nordestinos no centro das atenções do País.
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