Médico brasileiro, radicado nos EUA, criou método de Indução de Proteínas de Choque Térmico, minimamente invasivo em que o corpo recebe um choque que gera um estímulo ao cérebro do paciente, ajudando na restauração de funções da doença de Parkinson, além de outras doenças neurológicas.
Com o avanço constante da medicina, muitos diagnósticos de doenças consideradas mais graves podem ser descobertos precocemente. É o caso da Doença de Parkinson, em que seus sintomas atingem 1% da população mundial. Porém, hoje, elas podem ter seu avanço retardado com a ajuda de técnicas de reabilitação, associadas a medicamentos.
Técnica de indução de Marc Abreu
Além das técnicas de reabilitação, o paciente com Parkinson já pode contar com um método inovador e que já mostra sinais positivos fora do Brasil. Trata-se da Indução de Proteínas de Choque Térmico, desenvolvido pelo médico brasileiro, radicado nos Estados Unidos, Marc Abreu.
A técnica, batizada de Hipertermia Guiada pelo Cérebro que utiliza a tecnologia Abreu BTT 700 para a indução de proteínas por choque térmico, faz com que a progressão das doenças pare, assim como também auxilia na recuperação de funções perdidas com a doença principalmente de natureza neurológica. Apesar das terapias convencionais não conseguirem restaurar funções, mas apenas retardar o avanço da doença, o tratamento experimental realizado pelo Dr. Marc Abreu tem apresentado resultados consistentes na restauração de funções cerebrais.
Um caso recente, envolvendo o paciente que foi buscar a ajuda da técnica de Marc nos Estados Unidos foi o apresentador da Rede Record, André Tal. Ele afirma que em 2018 recebeu o diagnóstico da Doença de Parkinson, aos 43 anos de idade, quando começou a apresentar os primeiros sintomas.
Em 2021, ele entrevistou Marc Abreu em seu programa Domingo Espetacular e foi até o médico para conhecer o tratamento inovador de perto. No caso de André, que hoje é um dos pacientes do médico brasileiro, o tratamento pode reverter sua situação, ou seja, em tese, ele relatou a recuperação do controle de seus movimentos, a restauração do olfato, além de outras melhorias.
206 anos da descoberta da Doença de Parkinson
Em 11 de abril de 1817, a Doença de Parkinson foi identificada por James Parkinson em 1817, e afeta cerca de 1% da população mundial. Apesar de ser neurodegenerativa progressiva, não possuir cura nem prevenção, seus sintomas podem ser controlados com a ajuda de técnicas de reabilitação (citadas acima) e medicamentos.
As técnicas de reabilitação são uma perspectiva de esperança para quem sofre dos sintomas para esta doença, conhecida há muito tempo pela medicina.
O que ocorre com o paciente que tem Parkinson?
O paciente com Parkinson tem perda progressiva de neurônios produtores de dopamina no cérebro, que é um neurotransmissor essencial para a execução de movimentos no sistema nervoso. E conforme a evolução do quadro, as pessoas apresentam movimentos mais lentos e tremores, afetando a sua qualidade de vida.
Além disso, os pacientes também ficam propensos a quedas, por conta da instabilidade corporal e a rigidez dos membros aumenta. E existem ainda casos com sintomas não motores, como a redução da capacidade de se sentir odores, “prisão de ventre”, alterações comportamentais e agitação durante o sono.
Predominância em idosos
Apesar de ser predominante entre os idosos, pessoas com menos de 50 anos também podem apresentar a doença de modo precoce. Contudo, muitas vezes, a falta de informação e a demora no diagnóstico dificultam os cuidados.
Portanto, é de extrema importância conscientizar a sociedade sobre a busca por ajuda médica e tratamento correto.
Outras enfermidades similares
Todavia, outras doenças podem ser confundidas com Parkinson, e que apresentam: cansaço muscular intenso e a dificuldade de controlar os músculos. Neste caso, é recomendado a realização de exames clínicos e complementares para o diagnóstico diferencial.
Já o avanço da doença varia de pessoa para pessoa, que pode ficar anos sem apresentar sinais de incapacidade física ou evoluir rapidamente para um grave comprometimento funcional.
Tratamento por medicamento
Além do tratamento pioneiro do médico Marc Abreu, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece um tratamento que busca melhorar a qualidade de vida do paciente com a administração de medicamentos específicos. Outro acompanhamento importante é com equipe multidisciplinar composta por fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e psicólogo.
Exercícios físicos
Por outro lado, já existem evidências de que exercícios físicos regulares podem estar relacionados a um risco menor de desenvolver a Doença de Parkinson, e podem até retardar a evolução.
Sendo assim, cuidados como manter hábitos saudáveis, uma dieta balanceada e praticar atividades físicas são importantes contra a progressão da ação de doenças crônicas e degenerativas.
O papel das UBSs
Na cidade de São Paulo, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) oferecem as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) à população, principalmente aos idosos. Elas abrangem todos os sistemas e recursos terapêuticos que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção e de recuperação da saúde, como: meditação, acupuntura, Tai Chi Chuan, fitoterapia, esportes, entre outras.
Por fim, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), também oferece uma rede de serviços de acolhimento e prevenção dos agravos do envelhecimento. Para participar, o cidadão deve procurar a UBS mais próxima da sua residência e descobrir quais atividades são mais indicadas para que possa ter uma velhice saudável.
*Foto: https://pixabay.com/photos/parkinson-s-disease-shiver-muscles-6855683/