CAPES 2022 segue o aperfeiçoamento dos critérios para igualar o quantitativo inicial de auxílios dos três Colégios: Ciências da Vida, Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar, e Humanidades
Em 2022, a CAPES igualou as quantidades mínimas de bolsas que cada programa de pós-graduação terá direito, independentemente do colégio das áreas de avaliação.
CAPES 2022 – o que esperar
Sendo assim, a partir deste ano, os cursos ligados às Humanidades, Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar, e Ciências da Vida terão o mesmo patamar inicial de auxílios.
A correção foi feita a pedido de Cláudia Queda de Toledo, presidente da Fundação, para que o modelo seja igualitário para todas as áreas.
“Não temos que diferenciar, mas consolidar um modelo que promova a igualdade na concessão de bolsas.”
Modelo de concessão da CAPES 2022 beneficiará 1,9 mil cursos
Publicado no Diário Oficial da União no dia 25 de fevereiro, o novo modelo de concessão para o Capes 2022 beneficiará 1,9 mil cursos, sem prejuízos aos demais.
Na prática, um mestrado com nota 4 na avaliação, terá, inicialmente, 8 bolsas em qualquer um dos três colégios. Antes, pelos critérios vigentes em 2020 e 2021, este mesmo curso teria um número menor de bolsas nas áreas que formam as Humanidades e Ciências da Vida.
Redistribuição da totalidade de bolsas
Criado em 2020, o modelo de concessão de benefícios passou a considerar a redistribuição da totalidade de bolsas (cerca de 84 mil), a nota obtida na avaliação, o nível do curso (mestrado e doutorado) e a ponderação de dois fatores: o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), para priorizar municípios com menores indicadores, e o fator Titulação Média de Cursos (TMC), cujo intuito é diferenciar cursos pelo tamanho.
Por outro lado, a CAPES 2022 também modificou a limitação para ganhos e perdas de bolsas na redistribuição do total de benefícios destinados aos cursos de mestrado e doutorado. Porém, a redução máxima segue em 10%, mas para o aumento houve mudanças.
Agora, cursos nota 6 e 7 ficam sem limitação de ganhos, critérios que só atendia aos cursos 7. Os cursos nota 5 tiveram uma elevação na taxa de ganho de 40% para 55%, os de nota 4 de 20% para 45% e os nota 3 ou conceito A de 20% para 25%.
Sendo assim, ao considerar a limitação para ganhos, um curso de mestrado, por exemplo, nota 6 na avaliação, que inicialmente, pelos critérios de distribuição, teria direito a 13 bolsas. Mas que atualmente tem seis bolsas, passará a receber as 13 bolsas, pois, por ser nota seis, não tem teto para elevação do total de benefícios.
Modelo corrigiu distorções anteriores
Além disso, o novo modelo corrigiu distorções provocadas nas concessões anteriores de bolsas. À época, foram identificadas elaboração de critérios em cursos de doutorado semelhantes (mesmas notas, área de conhecimento e localização geográfica) com número de bolsas muito diferentes. E ainda foram observados cursos de excelência com quantidade de bolsas inferior ao de cursos com nota mínima permitida.
Por fim, o modelo alia a concessão de bolsas aos resultados da avaliação, valorizando o desempenho acadêmico. Assim como cumprir a determinação do Plano Nacional de Educação (PNE), com a ampliação do investimento em cursos de doutorado e a promoção da redução da desigualdade regional.
*Foto: Reprodução