Para pagar velhas dívidas, moradores em Mato Grosso do Sul contratam crédito para esta finalidade, segundo pesquisa da Serasa
Fazer empréstimo para pagar dívidas pode ser mais comum do que se pensa. Entretanto, será que vale a pena esse ciclo sem fim, sair de uma conta e cair em outra? A resposta está nos juros.
De acordo com O Facilitador, empresa de renegociação de dívidas, há uma questão importante a se considerar: este novo empréstimo oferece melhores condições? Se a resposta for sim, então você pode fazer a contratação, pois assim pode utilizar este dinheiro para quitar inteiramente as dívidas mais caras, como cartão de crédito ou cheque especial.
Como pagar velhas dívidas
Já para o economista Odirlei Fernando Dal Moro, também é preciso colocar na ponta do lápis os juros de cada dívida e ver qual débito sai menor ao final.
“Na realidade, ele [consumidor] só está trocando uma dívida por outra. A grande questão é: está trocando uma dívida por melhor taxa de juros? Com melhor condições de parcelamento? Não adianta nada fazer um empréstimo de cheque especial com juros altíssimos para pagar uma dívida com valor baixo. Então tem que levar em conta isso”, aconselha.
O profissional alerta ainda sobre o nível de gastos do consumidor, após conseguir pagar uma dívida, por exemplo.
“O grande risco de endividamento é quando a pessoa faz toda essa troca de uma dívida por outra, e mesmo assim continua mantendo o nível dos gastos. Então, toda e qualquer renegociação de dívida tem que ser seguida de um aperto das contas. Quando a pessoa tem um determinado valor em mãos, esses valores podem ser utilizados para quitação de dívidas, mas isso não significa permissão para fazer novas”, destaca.
Segundo a pesquisa “Finanças Regionais – As Diferenças”, feita pela Serasa com 299 pessoas, em Mato Grosso do Sul 57% disseram ter contratado crédito no último ano.
O principal objetivo é pagar dívidas para 38%; limpar o nome (22%); e pagar despesas inesperadas (18%).
Mínimo existencial
Contudo, vale lembrar que no dia 19 de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou decreto autorizando o aumento do mínimo existencial, saindo de R$ 303 para R$ 600.
Esse valor é referente à quantidade mínima de renda necessária para o pagamento de despesas básicas, como água e luz, protegida por lei em casos de superendividamento.
Sendo assim, com esta mudança, foi possível ampliar a ajuda aos cidadãos que enfrentam superendividamento, ao aumentar a fatia da renda que não pode ser cobrada no crédito consignado ou bloqueada pelas instituições financeiras.
*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/executivos-apertando-as-maos-terminando-a-reuniao_12985972