Questão das aulas presenciais em SP foi discutida no dia 14, no Centro de Contingência do Coronavírus, em reunião com a presença do secretário de Educação Rossieli Soares
Na segunda-feira (14), o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, se reuniu com o Centro de Contingência do Coronavírus para discutir o retorno das aulas presenciais em São Paulo, no segundo semestre. A proposta da pasta é que sejam feitas mudanças para agosto e mais alunos participem das aulas em sala. Rossieli afirma:
“A ideia é não ter percentual, mas trabalhar com os protocolos [sanitários]. A escola já cumpre 1 metro de distanciamento como a OMS [Organização Mundial da Saúde] recomenda, ela cumpre o uso de máscara, distanciamento, ou seja, um conjunto de protocolos, e pode ir ao limite do percentual desde que cumpra o distanciamento.”
Aulas presenciais em SP
Atualmente, o Plano São Paulo possibilita que as escolas tenham a presença de 35% do número de alunos matriculados. Sendo assim, cada instituição pode organizar da melhor forma o rodízio de alunos, por horário ou dia da semana. Além disso, o distanciamento que deve ser cumprido é de 1,5 metro.
Rossieli apresentou ao comitê um plano de volta às aulas. Ele visa ampliar o número de estudantes. Isso porque, segundo ele, há escolas que poderiam receber 100% dos seus alunos, pois possuem capacidade e estrutura física para tal.
Entretanto, é fundamental seguir organizando horários. Isso inclui estabelecer que não tem como liberar um único intervalo para todos os alunos. O protocolo não é liberar de qualquer jeito.
Comitê
O comitê de contingência é formado por 21 especialistas que têm auxiliado o estado na retomada de atividades em meio à pandemia. A expectativa de Rossieli é que a educação “seja priorizada” no segundo semestre.
Vale lembrar que desde sexta-feira passada (11), profissionais da educação com mais de educação com mais de 18 anos podem tomar a vacina contra Covid-19. Apesar disso, Rossieli aponta que “não vincula o retorno com a vacinação”.
“A vacinação ajuda, mas desde o início eu tenho falado que não condiciono o retorno com a imunização.”
Primeira dose
Além disso, até o fim de semana, a pasta espera que todos os profissionais tenham recebido a primeira dose. Segundo secretário, a imunização completa do estado paulista deve ser concluída nos dez primeiros dias de setembro.
Governo nega casos comprovados de transmissão
Em contrapartida, no início de maio, a pasta chefiada por Rossieli divulgou que investigava 39 mortes, em razão da Covid-19, entre profissionais da educação e alunos da rede. Ao UOL, o secretário disse que não há até o momento casos comprovados de transmissão nas escolas.
A área de educação tem ainda o apoio da Comissão Médica da Educação de São Paulo para investigar casos nas escolas e também ter um cenário da situação do vírus dentro das salas de aulas.
*Foto: Divulgação/ Sec. Educação SP