Estudo com pacientes de Parkinson teve inscrições de voluntários encerradas no dia 1º de julho
Pesquisadores do Laboratório NeuroMove, do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFIS) do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), recrutaram até o dia 1º de julho, pacientes com Doença de Parkinson para realização de um estudo sobre os efeitos do treino motor e cognitivo aplicado de modo simultâneo (dupla tarefa) nos participantes.
Estudo com pacientes de Parkinson
O atendimento para estudo com pacientes de Parkinson é gratuito e aberto à população, para participantes que se enquadrem nos seguintes critérios:
- ter idade entre 40 e 80 anos;
- ter diagnóstico de Doença de Parkinson;
- fazer uso de agonistas dopaminérgicos (drogas utilizadas no tratamento da doença);
- andar de forma independente e conseguir subir escadas;
- não possuir outra doença neurológica associada;
- e não ter realizado cirurgia para tratamento do Parkinson.
Todavia, a Doença de Parkinson abrange outros estudos ao redor do mundo e também de alguns tratamentos e técnicas. Sobre isso, há uma técnica nos Estados Unidos, que utiliza o meio de Indução de Proteínas de Choque Térmico. Ele é minimamente invasivo, e o corpo recebe um choque que gera um estímulo ao cérebro do paciente, ajudando na restauração de funções da doença de Parkinson, além de outras doenças neurológicas. A técnica foi desenvolvida pelo médico brasileiro, radicado nos EUA, Marc Abreu.
Estudo multicêntrico
Além disso, a pesquisa é parte de um estudo multicêntrico intitulado “Neuromodulação e dupla tarefa na função motora e executiva de pessoas com Doença de Parkinson”, que está sendo realizado em parceria com programas de pós-graduação em Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Na UFPB, o estudo é coordenado pelas docentes Adriana Costa Ribeiro e Suellen Marinho dos Santos, do Departamento de Fisioterapia.
Treino de marcha na esteira
Segundo a fisioterapeuta e mestranda do PPGFIS Bárbarah Rodrigues, que integra o grupo de pesquisadoras, o estudo consiste em um treino de marcha na esteira – cada sessão com duração média de 40 minutos – associado a um treino cognitivo e à neuromodulação (estimulação transcraniana). Ela diz ainda que o tratamento gratuito disponibilizado pela UFPB pode contribuir para a melhora do desempenho motor e cognitivo desses pacientes.
“O paciente estará fazendo a marcha na esteira e, concomitantemente, fazendo o treinamento dupla tarefa, por exemplo, contar decrescentemente a partir do número 100, tudo isso enquanto recebe estimulação transcraniana. É dupla tarefa porque ele fará atividade cognitiva enquanto anda. Ele tem que se concentrar para andar e para responder o que a gente pede.”
Atendimentos
Os atendimentos ocorrerão na sede do Laboratório NeuroMove, no Campus de João Pessoa, em um total de 12 sessões, realizadas três vezes por semana. Após 30 dias, os participantes serão submetidos a uma checagem, com a finalidade de se verificar os efeitos do treinamento em médio prazo.
*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/enfermeira-segurando-as-maos-de-um-homem-senior-por-simpatia_10892968