Professores de SP são contra à retomada das aulas presenciais na capital paulista
Na sexta-feira (5), o sindicato dos professores da rede estadual paulista anunciou que entrará em greve a partir de segunda-feira (8), que é a data marcada para a reabertura das escolas estaduais. O retorno às aulas presenciais acontece em meio à segunda onda da pandemia de Covid-19 no Brasil. De acordo com a Apeoesp, a decisão que envolve órgãos de política educacional, teve apoio de 81,8% dos professores.
Vale ressaltar que a pandemia afetou demais o setor de Educação, e que em janeiro, especialistas e parlamentares debateram como fica a questão educacional em 2021.
Greve dos professores de SP
Ontem também aconteceu uma assembleia, em que os professores de SP se manifestaram contra a decisão de reabrir as escolas estaduais. De acordo com a Apeoesp, as unidades não possuem condições sanitárias de receber e existem casos de funcionários e professores contaminados pela Covid-19, depois de reuniões de planejamento. Sendo assim, a Apeoesp fez um levantamento que apontou 147 casos de coronavírus, em escolas que tiveram algum tipo de atividade presencial.
Além disso, a Escola Estadual Ermelino Matarazzo, na zona leste, chegou a anunciar que não receberia os alunos na próxima segunda-feira, em razão dos riscos de contágio. Segundo informações do subsecretário, as escolas que tomaram medidas fora dessas orientações são procuradas pela pasta. O subsecretário de articulação regional da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Henrique Pimentel disse ainda:
“(Fechar a escola) Não é a melhor forma de lidar, causa interrupção e até um desconforto na comunidade escolar, um medo.”
Professores de SP contra o retorno das aulas
Em contrapartida, Pimentel argumenta que as escolas estaduais que registraram casos de Covid-19 em funcionários devem retomar as aulas presenciais na segunda-feira. No entanto, o retorno será retardado exclusivamente em instituições que estão em obras ou outros impeditivos. Ele afirma que não há indício de contágio dentro de escolas estaduais desde a retomada de parte dos trabalhos presenciais.
“Se seguir direitinho as orientações, respeitar o distanciamento e o uso de equipamentos de uso individual, a chance é pequena (de transmissão).”
35% dos estudantes
Ainda ontem, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, informou que as escolas da rede vão receber somente 35% dos estudantes. E isso diz respeito também a regiões que se incluem na fase amarela do plano de flexibilização da quarentena. Nesta fase, o porcentual poderia subir para 70%. Entretanto, Rossieli argumenta que uma mudança agora causaria desinformação entre as famílias.
Adiamento
Vale lembrar que o retorno das aulas presenciais na rede estadual foi adiada em uma semana. Inicialmente prevista para o dia 1º de fevereiro, a volta às aulas passou para o dia 8. De acordo com o secretário, o adiamento foi para facilitar o planejamento das escolas. Além disso, Rosseli também retirou a obrigatoriedade de os alunos frequentarem as aulas na escola.
Com isso, o retorno passou a ser facultativo nas fases laranja e vermelha. Ontem, foi mantido de modo opcional durante o mês de fevereiro na rede estadual, mesmo durante a fase amarela.
*Foto: Divulgação